quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Luz do Mundo (texto)



Meus filhos,
            Em meio às densas trevas que envolvem a humanidade nos dias atuais, sustentada ainda pelos interesses primários dos corações aqui exilados, compete a cada um de nós, que já descristalizamos os nossos clichês mentais dos processos hipnóticos de estagnação espiritual, a tarefa de fazer luz em nós para todos que nos cercam, através da Luz Maior que a todos nos sustenta.
            Ao penetrarmos a densa psicosfera das formas mentais da comunidade humana, nosso coração já percebe com alegria, pequenos, mas múltiplos focos de luz que têm sustentado os trabalhos dos planos superiores na crosta terrena.
            Se tivéssemos que descrever a visão da rede magnética de Luz que vem  sendo traçada ano após ano, poderíamos dizer que, no limiar do terceiro milênio, o manto divino do Evangelho do Cristo já se teceu, e que este manto delicado de fios de Luz já repousa fraternalmente no coração do solo brasileiro.
            Neste contexto nacional de conscientização dos valores morais pelo resgate da mensagem do Evangelho de Jesus, afirmamos, com toda certeza, que se inicia para o coração humano o retorno à vivência do Cristianismo primitivo.
            Neste particular, encontram-se várias almas em atividade no plano físico que, em sua programação reencarnatória, estabeleceram para si o compromisso da reabilitação desta proposta. Renascidos em diversos pontos do orbe, sob o signo desse compromisso grandioso, a maioria, entretanto, encontra-se em solo brasileiro, onde viceja o espírito da fraternidade, proporcionando pela miscigenação das raças.
            Muitos destes trabalhadores, verdadeiros desbravadores no campo das crenças religiosas, buscaram e efetivaram o resgate do Evangelho de Jesus para o contexto da Terceira Revelação. Fazem eles parte de um grande grupo de servidores que, atuando em todos os rincões desta terra bendita, irão, em tempo oportuno, unir-se e deflagrar, de norte a sul, o processo de recristianização de nossos espíritos.
            Neste aspecto, não há primazia pessoal, de grupo ou de instituições, porque todos são chamados a assumir a sua parcela de responsabilidade perante a reabilitação do Evangelho.
            Não tenhamos dúvidas de que todos nós, que hoje nos encontramos conscientemente comprometidos com esta empreitada, somos aqueles mesmos que, em passado longínquo, deturpamos a pureza dos ensinamentos do Mestre e encarregamos-nos, no decorrer dos séculos, de limitar o alcance de sua luz esclarecedora a todos os corações acrisolados nas peias da ignorância e das trevas espirituais.
            Por isso, o esforço hercúleo dos poucos ceifeiros da seara cristã, pois, nós mesmos nos encarregamos mas nem nos preocupamos, no passado, de preparar novos trabalhadores que se habilitassem a espalhar a luz esclarecedora dos ensinos do Mestre.
            Compete-nos agora o dever intransferível de não enganarmos nossa consciência; não utilizarmos o conhecimento das verdades espirituais em interesse próprio; não ocultarmos a quem quer que seja a luz da verdade consoladora do Cristo e, sobretudo, não nos omitirmos, mais uma vez, do compromisso assumido pessoalmente com a “Luz do Mundo”, de atuarmos em Seu nome, em favor da iluminação e esclarecimento espiritual de toda Humanidade.
            Este momento é decisivo para nossos espíritos. Mais de uma vez assumimos compromissos com o Cristo no campo de nosso reparação moral através da iluminação do nosso semelhante. Mais de uma vez, também, falhamos no compromisso assumido sob o peso das pressões de interesses pessoais, grupais e de toda uma comunidade de espíritos que ainda teimam em hibernar no campo do próprio progresso espiritual.
            A hora é de vigilância, de atenção, para que não percamos a oportunidade que se renova para nossos corações devedores e carentes da misericórdia divina.
            Não  acreditem no êxito do trabalho sem embates, incompreensões e testemunhos. Se no início do Cristianismo foram indispensáveis os testemunhos dolorosos, individuais e coletivos, imprescindível se torna que, nesse processo de resgate do Cristianismo primitivo, não nos omitamos perante o clima de lutas e testemunhos árduos, pesados e até, às vezes, por demasiado duros. É nesta proporção que se faz imprescindível a aferição de nossos valores e de nosso comprometimento com a causa do Cristo.
            Se Dele recebemos a Luz do Mundo, em nossos corações e mentes, é necessário que nos transformemos em espelhos onde a figura luminosa do Cristo se reflita no íntimo de nossas almas.
            Que a Luz do Cristo de Deus nos guarde e nos guie.
            Do irmão menor.
BEZERRA DE MENEZES
               

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